Reflexão sobre a tecnologia no tecido empresarial português
Parte I - Portáteis

Seguramente um dos artigos mais requisitados neste momento no mercado, tanto devido à pandemia, como à cultura empresarial (ambiente colaborativo, soluções cloud). No entanto, talvez por uma questão cultural, o empresário continua a olhar para o preço como um fator de decisão principal o que leva, por muita das vezes a cometer erros que podem implicar a estabilidade da produtividade do seu negócio. Agora com o processo de transição para digitalização das empresas, os equipamentos informáticos não devem ser vistos como meros acessórios, mas sim como ferramentas fundamentais na atividade da empresa no seu dia a dia.

Deixamos aqui a nossa reflexão sobre a aquisição de portáteis para um ambiente profissional: 

1.Aquisição dos portáteis nas grandes superfícies: Não recomendado.

Os portáteis das grandes superfícies, são equipamentos com funcionalidades "domésticas" e não estão preparados para um ambiente empresarial, a começar pelo Sistema Operativo (W10 Home) que tem as suas limitações para funcionar num ambiente de rede. Mas não ficamos por aqui, estes equipamentos têm um ciclo de vida útil muito mais reduzido que os de gama profissional assim como uma enorme dificuldade de arranjar peças em caso de avaria. E por falar em avaria, outro fator muito importante a ter em conta é o serviço de pós-venda. Em caso de avaria o portátil tem de ser entregue na grande superfície e será analisado e após 15 dias, dão-lhe um ponto de situação do equipamento. Pergunto: e durante esse tempo o que faz? Com que equipamento trabalha? E os seus dados (da empresa) estarão seguros durante o processo de reparação?

Não há que misturar as coisas: O que é do mercado doméstico, jamais deve ser incluído no mercado profissional. É brincar com coisas sérias.

2. Porquê a gama profissional?

Os equipamentos de gama profissional, para além da robustez do chassis e dos seus componentes, trazem funcionalidades de segurança acrescida tal como por exemplo: 

- Regeneração da BIOS em caso de ataque;

- Encriptação dos dados por hardware. Em caso de furto é muito mais difícil aceder aos dados da empresa

- Soluções de privacidade evoluídas: como por exemplo, fatores adicionais de autenticação: Pin e biometria, ou Pin e reconhecimento facial. 

- Sistema operativo, capaz de funcionar em ambientes de domínio. 

A nível do hardware destacam-se pela disponibilidade de peças (spares) para intervenção sobre a máquina: Os equipamentos profissionais têm um ciclo de vida mais longo e como tal tem de haver o compromisso, por parte do fabricante, em garantir essas peças no mercado. O acesso ao interior da máquina também é feito de forma mais simplificada de forma a que o tempo de reparação seja o mais eficiente e funcional possível.

Igualmente importante, é aconselhar-se com uma empresa da área e saber como funciona o seu serviço de pós-venda, de forma a poder analisar o impacto que o seu negócio terá em caso de avaria do equipamento.

Este são algumas considerações que um empresário deve ter ao investir em equipamento informático como ferramenta de trabalho para o seu negócio.

Informa-se com a empresa que lhe fornece os equipamentos, como funciona o seu serviço de pós-venda, é fundamental e deve ser um elemento diferenciador aquando a formalização do negócio.

 

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